quarta-feira, 29 de julho de 2009
José Afonso - com ou sem panfletos
2 Agosto 2009
22 horas
TEATRO DE BOLSO DO CETA, Canal de São Roque (lotação limitada)
Organização: CETA e Grupo Poético de Aveiro
Poesia, Canções (com Victor Almeida e Silva, Rui Oliveira e Sérgio Pericão)...
Comemorar José Afonso, um imperativo de liberdade
José Afonso nasceu em Aveiro, em 2 de Agosto de 1929. Há oitenta anos! Se o seu nome não é apenas património da nossa cidade, a nós Aveirenses cabe-nos uma responsabilidade maior na evocação e defesa do seu legado de liberdade. Aqui viveu «numa espécie de paraíso». Daqui partiu o «grande trovador moderno», como lhe chamou Manuel Alegre, para unir os «filhos da madrugada» numa roda de utopia, de esperança e alegria, para mobilizar e dar voz a todos os que sonham e lutam no dia-a-dia por um mundo livre, justo e solidário.
Porque uma comemoração é uma comunhão, porque comemorar é lembrar em conjunto, o Grupo Poético de Aveiro (GPA) e o Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (CETA) quiseram dar início às comemorações do 80.º aniversário do poeta-cantor de Grândola Vila Morena, em Aveiro, com um espectáculo de poesia e canto capaz de unir todos, novos e velhos, homens e mulheres, em torno da sua obra poético-musical.
Comemoração e festa! É de festa, de celebração que falamos, não obstante as inúmeras dificuldades e incertezas do presente. Ou até por isso. Celebremos o poeta, o cantor, o compositor, o intérprete de grande sensibilidade que foi José Afonso. Festejemos a «inconfundível qualidade da sua voz». Festejemos José Afonso, o «trovador da inquietação», no dizer de Carlos do Carmo. Celebremos o companheiro, o cidadão, o amigo que veio por bem. Festejemos e demos as mãos em defesa do seu legado, que é feito de ternura e subversão, de liberdade e rebeldia, de contínuo aperfeiçoamento, de inconformismo com as injustiças e opressões dos senhores do mundo, de recusa do dogmatismo e do paternalismo, de desprezo pela intriga e pela inveja.
Aproveitemos esta efeméride para conhecer melhor a obra de José Afonso como desafio para nos conhecermos melhor a nós mesmos. Ao longo de mais de 30 anos de actividade, José Afonso gravou 28 discos, abarcando vários géneros, do “fado de Coimbra” à “canção popular”, da “balada” à “canção de intervenção”. A obra de José Afonso — em boa medida ainda desconhecida — é referência natural para inúmeras bandas, músicos e escritores de canções dos nossos dias. Todavia, como afirma José Mário Branco, noutro contexto, «este tesouro» «teria sido um grande nome mundial da canção».
CETA e GPA com o apoio da Livraria Buchholz Aveiro
terça-feira, 28 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
Musicália - o espírito português
Lá encontrei o primeiro vídeo, com o prelúdio de António Fragoso que eu (tal como milhares de outros estudantes de piano) andei a explorar no conservatório (da Petite Suite), na interpretação de Miguel Henriques (de que desgostei menos agora do que quando, há uns anos, comprei o CD monográfico da Numérica - não sei se é por estar bem-disposta).
Há também mais um blog.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Se fosse um som...
Só desconfio um pouco e não me parece que possa concordar com a última frase:
"Um verdadeiro trabalho de composição colaborativa".
Composição de quê? Ou que colaboração?
sábado, 18 de julho de 2009
Coimbra: faça-se música!
Que este venha para ficar e que traga sempre uma oferta mais arrojada e de maior qualidade do que o "anterior".
Até 8 de Agosto, passaremos por lá.
Porto, Cidade dos Órgãos
O último concerto decorrerá na Igreja da Sra da Conceição, às 21h30, e será protagonizado por Jean-Christophe Geiser. Do programa farão parte obras de Bach, Vierne e Mendelssohn.
O Porto, Cidade dos Órgãos, cuja abertura esteve a cargo de Ton Koopman (30 Junho), abrangeu os órgãos da Sé Catedral e das Igreja de S. Lourenço, Sra da Conceição, Cedofeita e Lapa.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
L'Amour de Loin
Nove anos depois da sua estreia absoluta em Salzburgo, L'Amour de Loin, de Kaija Saariaho, com libretto de Amin Maalouf, teve a sua primeira produção britânica na semana passada, pela English National Opera, sob a direcção do seu titular, Edward Gardner que, no ano passado, tinha dirigido uma versão concerto da segunda ópera da compositora finlandesa, Adriana Mater.
A uma música extraordinária, como já se esperava, aliou-se um trio de cantores excepcionais (Joan Rodgers no papel de Clémence, Roderick Williams como Jaufré e Faith Sherman como Peregrina) e uma direcção exemplar de Edward Gardner. A encenação, da autoria de Daniele Finzi Pasca, encenador de Corteo do Cirque du Soleil, grandiosa e fantástica, funciona bem com a música, e se em certas alturas parece ser tudo um pouco Cirque du Soleil a mais, noutras não é possível resistir ao espectáculo visual e deixar-se emergir no mundo fantástico desta ópera.
A uma música extraordinária, como já se esperava, aliou-se um trio de cantores excepcionais (Joan Rodgers no papel de Clémence, Roderick Williams como Jaufré e Faith Sherman como Peregrina) e uma direcção exemplar de Edward Gardner. A encenação, da autoria de Daniele Finzi Pasca, encenador de Corteo do Cirque du Soleil, grandiosa e fantástica, funciona bem com a música, e se em certas alturas parece ser tudo um pouco Cirque du Soleil a mais, noutras não é possível resistir ao espectáculo visual e deixar-se emergir no mundo fantástico desta ópera.