Remix - 5º aniversário
No passado fim-de-semana, o Remix Ensemble comemorou o seu 5º aniversário.
O que há de extraordinário nisto é tratar-se dum projecto totalmente dedicado a música "mais nova" (desde os clássicos do séc. XX até à música quase ligeira, passando por realmente grandes nomes da música dos nossos dias ...e não esquecendo alguns portugueses) que sobrevive com actividade regular durante cinco anos, anunciando um percurso futuro com maior visibilidade no panorama internacional.
Há cinco anos atrás, assisti ao primeiro concerto do Remix Ensemble, sob a direcção de Stefan Asbury (talvez antes um ensaio geral para o concerto que aconteceria 4 dias depois na Fundação de Serralves). Do programa faziam parte obras de Zappa/Cashian, Conlon Nancarrow, Morton Feldman, Edgar Varèse, Charles Ives e John Adams, que foram apresentadas no Auditório do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, a 20 de Outubro de 2000 (em tempos de Porto 2001 e de "verbas exraordinárias").
No passado Sábado (dia 22), na Casa da Música, assisti ao concerto que, tal como o da véspera, teve uma parte interpretada pelo Remix Ensemble, sob a direcção do maestro titular Peter Rundel, e outra por um grupo convidado, o agrupamento Il Concerto Italiano, sob a direcção de Rinaldo Alessandrini.*
Desta vez, o programa compreendeu obras de Locatelli, Corelli e Vivaldi, pelo Concerto Italiano, e o Concerto de Câmara de Ligeti e Duktus, de Emmanuel Nunes.
Pode afirmar-se que se tratou dum programa de excelência.
O público que se dirigiu ao concerto atraído pela música antiga terá ficado certamente impressionado pela positiva com as duas obras apresentadas pelo Remix Ensemble (já anteriormente tocadas pelo mesmo grupo). ...Não se trata de duas obras fresquinhas (a de Ligeti é do final da década de 60 e a de Nunes é de meados da década de 80), mas trata-se concerteza de duas obras intemporais, que fogem a todas as modas e que assumirão o seu papel de obras de arte, apetecíveis em qualquer Idade.
O Remix esteve mesmo muito bem (talvez tenha ajudado o facto do programa não ser inteiramente novo para o agrupamento; se a obra de Ligeti havia já sido tocada há mais tempo, Duktus havia sido apresentada já este ano, no festival de abertura da Casa da Música).
Parabéns! ...e que o futuro traga mais mudanças tão positivas como as que o Remix tem sofrido desde a sua formação.
* No festival de abertura da Casa da Música, o Remix Ensemble dividira dois concertos com outros dois grupos convidados: num com a OrchestrUtopica e no outro com o Drumming - grupo de percussão. Este "hábito" de dividir concertos pode tornar-se uma característica "simpática" do agrupamento do Porto.
D
O que há de extraordinário nisto é tratar-se dum projecto totalmente dedicado a música "mais nova" (desde os clássicos do séc. XX até à música quase ligeira, passando por realmente grandes nomes da música dos nossos dias ...e não esquecendo alguns portugueses) que sobrevive com actividade regular durante cinco anos, anunciando um percurso futuro com maior visibilidade no panorama internacional.
Há cinco anos atrás, assisti ao primeiro concerto do Remix Ensemble, sob a direcção de Stefan Asbury (talvez antes um ensaio geral para o concerto que aconteceria 4 dias depois na Fundação de Serralves). Do programa faziam parte obras de Zappa/Cashian, Conlon Nancarrow, Morton Feldman, Edgar Varèse, Charles Ives e John Adams, que foram apresentadas no Auditório do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, a 20 de Outubro de 2000 (em tempos de Porto 2001 e de "verbas exraordinárias").
No passado Sábado (dia 22), na Casa da Música, assisti ao concerto que, tal como o da véspera, teve uma parte interpretada pelo Remix Ensemble, sob a direcção do maestro titular Peter Rundel, e outra por um grupo convidado, o agrupamento Il Concerto Italiano, sob a direcção de Rinaldo Alessandrini.*
Desta vez, o programa compreendeu obras de Locatelli, Corelli e Vivaldi, pelo Concerto Italiano, e o Concerto de Câmara de Ligeti e Duktus, de Emmanuel Nunes.
Pode afirmar-se que se tratou dum programa de excelência.
O público que se dirigiu ao concerto atraído pela música antiga terá ficado certamente impressionado pela positiva com as duas obras apresentadas pelo Remix Ensemble (já anteriormente tocadas pelo mesmo grupo). ...Não se trata de duas obras fresquinhas (a de Ligeti é do final da década de 60 e a de Nunes é de meados da década de 80), mas trata-se concerteza de duas obras intemporais, que fogem a todas as modas e que assumirão o seu papel de obras de arte, apetecíveis em qualquer Idade.
O Remix esteve mesmo muito bem (talvez tenha ajudado o facto do programa não ser inteiramente novo para o agrupamento; se a obra de Ligeti havia já sido tocada há mais tempo, Duktus havia sido apresentada já este ano, no festival de abertura da Casa da Música).
Parabéns! ...e que o futuro traga mais mudanças tão positivas como as que o Remix tem sofrido desde a sua formação.
* No festival de abertura da Casa da Música, o Remix Ensemble dividira dois concertos com outros dois grupos convidados: num com a OrchestrUtopica e no outro com o Drumming - grupo de percussão. Este "hábito" de dividir concertos pode tornar-se uma característica "simpática" do agrupamento do Porto.
D
0 Comentário(s):
Enviar um comentário
<< Entrada